Exausta de prestar contas ao genitor do seu filho?

Muitas decisões fixam o valor da pensão alimentícia no mínimo para a criança sobreviver. Essas decisões fazem com que as genitoras, que normalmente detém a guarda, fiquem sobrecarregadas emocional e financeiramente.
Um ponto muito sensível são as despesas extraordinárias, aquelas cujo gasto não ocorre todos os meses, a exemplo do uniforme da escola, vacinas, óculos, casaco de inverno.
Se os juízes resistem em fixar uma pensão justa, que dirá incluir os gastos extraordinários. Muitas vezes então, opta-se pela (re) divisão desses valores quando eles ocorrerem, observando-se a proporção da verba alimentar para essa divisão: se foi reconhecido que você ganha menos e portanto contribui com menos, o mesmo se aplica aos gastos extras. Cuidado para não cair na cilada do meio a meio!
Apesar de (teoricamente) viabilizar que esse valor seja dividido fora da pensão, essas decisões acabam criando um (outro) calvário para as mães: a necessidade (leia-se constrangimento) de pedir dinheiro ao genitor.
Nesse momento é comum ouvir dele que tais gastos já estão inclusos na pensão; que a mulher só fala com ele por razões de dinheiro ou que os itens cujos valores estão sendo pleiteados são supérfluos.
O impasse ocorre tanto de forma prévia, quando o genitor é convidado a escolher determinado produto ou serviço de forma conjunta, e não responde ou se nega; quanto a posteriori, quanto a mãe se vê obrigada a expor diversos orçamentos, prestar contas, apresentar notas fiscais e, ao final, pedir encarecidamente o ressarcimento desse valor. É cansativo e humilhante fazer dessa forma, além de dar margem para discussões de mágoas não superadas da relação.
O que fazer então?
É possível que o pai assuma (leia-se, seja obrigado) o compromisso (financeiro) de pagar alguma despesas que sempre ocorrem a cada determinado período de tempo e são mais pesadas, como a matrícula da escola/faculdade.
Outra alternativa que sempre recomendo é que você contrate um serviço de intermediação dessa comunicação com a sua advogada, para que não haja margem para essas situações.
Outra possibilidade é o @zelle para compartilhar informações, sobretudo sobre histórico médico e escolar sem maior contato.